A Equipe Salutar presa pelo Cuidado Centrado na Pessoa Idosa, que prevê que o fisioterapeuta deve trabalhar colaborativamente com o paciente, construindo um tratamento que esteja adaptado às necessidades individuais do idoso e seus familiares. Isso deve ser feito com dignidade, compaixão e respeito. O conceito de “medicina centrada no paciente” foi introduzido na literatura médica em 1955 por Balint, que propunha aos médicos que dessem atenção às necessidades individuais do paciente, em contraste com a “medicina centrada na doença”.
O Cuidado Centrado na Pessoa Idosa é uma prática em que o paciente e seus familiares participam das decisões que envolvem sua saúde. Assim, o atendimento fisioterapêutico passa a ser personalizado de acordo com as vontades e demandas individuais.
O atributo “cuidado centrado no paciente” pode abarcar diversos elementos. Alguns artigos científicos formularam definições sobre o conceito de cuidado centrado no paciente e estabeleceram os elementos para avaliar este atributo. Esclareceram, no entanto, que ainda não há consenso na literatura sobre os elementos que seriam incluídos.
Através de uma revisão da literatura publicada em 2013, pesquisadores fizeram um levantamento dos principais elementos presentes em estudos sobre o cuidado centrado no paciente, nas áreas de políticas públicas, literatura médica e de enfermagem. Esta revisão destacou os três principais temas encontrados, que podem representar os principais elementos:
- Participação e envolvimento dos pacientes no cuidado;
- Relação entre o paciente e o profissional de saúde;
- Contexto em que são oferecidos os cuidados.
Sobre o primeiro elemento, havia estudos sobre a participação do paciente e respeito à sua autonomia, o plano de cuidados baseado nas necessidades individuais do paciente e a atenção às suas necessidades físicas e emocionais. O segundo elemento abrangeu os estudos relacionados à relação entre o paciente e o profissional, a comunicação dos conhecimentos, experiência profissional e clínica entre o profissional e o paciente e as atitudes e conhecimentos apropriados do profissional.
Quanto ao terceiro elemento, os estudos encontrados abordaram a tentativa de definir uma linguagem comum nas práticas de saúde, as barreiras para implantação de ações e os aspectos positivos de fatores ambientais no cuidado.
O atendimento domiciliar proporciona à Equipe Salutar a possibilidade de vivenciar as dificuldades vividas pelo idoso e seus familiares, podendo intervir de forma mais objetiva e focada nas necessidades individuais.
Luciano Chaves
Fisioterapeuta – Crefito 63.178-F
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