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O excesso de ferro e as doenças neurodegenerativas

O excesso de ferro e as doenças neurodegenerativas. O ferro é um metal essencial para o funcionamento do organismo humano, cumpre diversas e importantes funções fisiológicas. O nosso organismo obtém-no através dos alimentos, mas ele em excesso também pode ser tóxico, pois possui a capacidade de participar de reações que geram radicais livres os quais estão associados a danos de macromoléculas celulares, lesão tecidual e a doenças.

Ocorrendo um excesso ou desregulação na homeostase do ferro em áreas cerebrais relevantes, aumenta o dano oxidativo induzido por ferro, levando a processos neurodegenerativos com consequente morte neuronal. Algumas das principais doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, podem ser causadas pelo estresse oxidativo do ferro, ao qual nosso organismo esta sujeito. Altos níveis de ferro no cérebro poderiam aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e acelerar o declínio cognitivo que vem com ele.

Estudo realizado para determinar a relaçãoentre os níveis de ferro no cérebro e declínio cognitivo  com três grupos de pessoas com cognição normal, leve e Alzheimer diagnosticado durante sete anos. Os investigadores determinaram níveis de ferro no cérebro dos pacientes através da medição da quantidade de ferritina, (proteína que armazena e libera ferro) no líquido cefalorraquidiano em torno do cérebro. Fizeram testes regulares e exames de ressonância magnética para rastrear o declínio cognitivo e alterações no cérebro durante o período de estudo.

Os resultados demonstraram que as pessoas com níveis mais elevados de ferritina, em todos os grupos, tiveram quedas mais rápidas nas habilidades cognitivas e acelerado encolhimento do hipocampo    que na doença de Alzheimer é uma das primeiras regiões do cérebro a ser afetado, conduzindo à confusão e à perda de memória. Os níveis de ferritina foram também ligados a uma maior probabilidade de as pessoas com transtorno cognitivo leve desenvolverem a doença de Alzheimer.

Estes resultados sugerem que pode ser possível parar a doença com drogas que reduzem os níveis de ferro no cérebro. Segundo Scott Ayton, neurocientista da Universidade de Melbourne, na Austrália, o ferro está contribuindo para a progressão da doença de Alzheimer.

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